domingo, 7 de julho de 2013

O Caminho da Meditação



Esse vídeo é a reprodução de um desenho tibetano que representa nove cenas, os nove estágios do caminho de shamatha.

Há dois personagens: o homem, ou sujeito meditante, o observador; e o elefante, que representa sua mente. 
Para desenvolver shamatha, a mente usa duas ferramentas: a atenção e a recordação. 
A machadinha afiada representa a acuidade da atenção vigilante, e a corda com um gancho é a lembrança da prática. 
Visto que muitas distrações interrompem seu estado alerta e vigilante, o meditante deve retornar a ele por meio de lembranças constantes. 
A vigilância é a acuidade na base da meditação, e a recordação assegura sua continuidade. 
O estado de shamatha tem dois obstáculos principais: o primeiro é a agitação ou dispersão criada pela fixação em pensamentos e emoções passageiros; o segundo é o torpor ou moleza, a obtusidade mental. 
O torpor é representado pela cor preta do elefante, e a agitação pelo macaco. 
O fogo que diminui ao longo do caminho representa a energia da meditação. 
Conforme avançamos, a prática requer menos e menos esforço.
As seis curvas ou voltas no caminho marcam seis platôs sucessivamente dominados pelas seis forças da prática: ouvir as instruções, assimilá-las, lembrar-se delas, vigilância, perseverança e hábito perfeito. 
Ao lado da estrada há diferentes objetos: um lenço, algumas frutas, uma concha cheia de água perfumada, pequenos címbalos e um espelho, representado os objetos dos sentidos: objetos tangíveis, sabores, odores, sons e formas visuais que distraem o meditante, que se desvia do caminho de shamata ao ir atrás deles.

Kalu Rinpoche, Luminous Mind: The Way of the Buddha (Mente Luminosa: O Caminho do Buda)

2 comentários:

R. disse...

Muito belo, cara!

ToN disse...

Biguá véio!

Saudade rapah...

Abração!