Esse vídeo é a reprodução de um desenho tibetano que
representa nove cenas, os nove estágios do caminho de shamatha.
Há dois personagens: o homem, ou sujeito meditante, o
observador; e o elefante, que representa sua mente.
Para desenvolver shamatha,
a mente usa duas ferramentas: a atenção e a recordação.
A machadinha afiada
representa a acuidade da atenção vigilante, e a corda com um gancho é a
lembrança da prática.
Visto que muitas distrações interrompem seu estado alerta
e vigilante, o meditante deve retornar a ele por meio de lembranças constantes.
A vigilância é a acuidade na base da meditação, e a recordação assegura sua
continuidade.
O estado de shamatha tem dois obstáculos principais: o primeiro é
a agitação ou dispersão criada pela fixação em pensamentos e emoções
passageiros; o segundo é o torpor ou moleza, a obtusidade mental.
O torpor é
representado pela cor preta do elefante, e a agitação pelo macaco.
O fogo que
diminui ao longo do caminho representa a energia da meditação.
Conforme avançamos,
a prática requer menos e menos esforço.
As seis
curvas ou voltas no caminho marcam seis platôs sucessivamente dominados pelas
seis forças da prática: ouvir as instruções, assimilá-las, lembrar-se delas,
vigilância, perseverança e hábito perfeito.
Ao lado da estrada há
diferentes objetos: um lenço, algumas frutas, uma concha cheia de água
perfumada, pequenos címbalos e um espelho, representado os objetos dos
sentidos: objetos tangíveis, sabores, odores, sons e formas visuais que
distraem o meditante, que se desvia do caminho de shamata ao ir atrás deles.
Kalu Rinpoche, Luminous Mind: The Way of the Buddha (Mente
Luminosa: O Caminho do Buda)
2 comentários:
Muito belo, cara!
Biguá véio!
Saudade rapah...
Abração!
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