quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Sobre a supressão do Agravo

Mantenho decisão de fl.23.
No movimento acelerado dos carros amarrados à rotina do dia, pouco sobra para inventar variações das nuvens.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

"Iter"

Já faz tempo que meus pés não sentem a textura da areia da Ilha, nem meus pulmões o ar que pela primeira vez os tocou. Não lembro a data exata em que ali estive pela última vez, nem o motivo certo de partir. Não estou, porém, à deriva; tal certeza é acalentada a cada tormentosa maré que, em vez de me lançar ao mar, faz-me remar com mais habilidade... Abro, ávida, o papel que levo junto ao corpo: as palavras de William Ernest Henley forjam coragem em meu coração, e tornam nítida a imagem de Isola D’Elba: “I am the master of my fate, I am the captain of my soul.” - Miro, então, o horizonte, e remo.

Invictus - William E Henley

Do fundo desta noite que persiste/ A me envolver em breu - eterno e espesso,/ A qualquer deus - se algum acaso existe,/ Por mi’alma insubjugável agradeço./

Nas garras do destino e seus estragos,/ Sob os golpes que o acaso atira e acerta,/ Nunca me lamentei - e ainda trago/ Minha cabeça - embora em sangue - ereta./

Além deste oceano de lamúria,/ Somente o horror das trevas se divisa;/ Porém o tempo, a consumir-se em fúria,/ Não me amedronta, nem me martiriza./

Por ser estreita a senda - eu não declino,/ Nem por pesada a mão que o mundo espalma;/ Eu sou dono e senhor de meu destino;/ Eu sou o comandante de minha alma./

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

"A questão toda é colher o verso que respinga da onda única que quebra no momento único... o resto é... bem, sombra e poeira."
R.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Para ver um peixe você tem de observar a água.
Bodhidharma

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O Bom Navegador

Uma breve licença: escrevo, par e passo, o que me vem na mente, ou da mente, tão somente, neste momento, na frente do Notebook. Vírgulas, vírgulas, muitas vírgulas, brotam muitas...
Relato agora, olhando um canal da aldeia, ventilador ligado, cusquinho velho deitado, de barriga pra riba, no seu ninho de ursinhos, ursinhos pô??? Pernas cansadas, mente retrocedendo da pilha desta sexta-feira, dia 03.12.2010, um pequeno sei lá o que sobre o bom navegador, que ao final espero se torne um dos três pilares do VoV: CVP.
Como definir um bom navegador?
Pois bem, eu conheço alguns e me considero um sortudo por isso.
Não tenho muitos amigos, mas tenho BONS e SINCEROS.
Sim, sacaram? Bons amigos!
Nisso se destacam algumas almas especiais,
que de certa forma nos formam, reformam, e nos conduzem
em papos certeiros de respeito dos velhos amigos, velhas bordadeiras até... por que não?
O bom navegador sabe encarar a maré alta e tempestuosa de forma irretocável, pois são estas que nos preocupam e afligem, porque as demais, as boas, são chatas demais.
Conduz o timão com desenvoltura, girando-o para lá e para cá.
Sua postura, concentrada e dedicada, estabelece um desafio às bestas.
[E nesse mundo não faltam... mas nunca esqueçam que elas devem estar
por lá, é parte do equilíbrio da vida e de nosso crescimento.]
A água molha seu rosto em estiradas intermitentes, tal qual tapas
de um marmanjo tatuado lhe puxando para uma briga de bar.
Irmão dos irmãos ele não se dobra por isso, sabe que sua missão é mais nobre:
conduzir seus parceiros no caminho, no belo caminho da vida, à calmaria!
Sua luta é nobre, portanto.
De fato, todos temos uma parcela de luta: lutemos inclusive ante àqueles que corrigirão as mal versadas tecladas aqui.
E vamos rir disso tudo, retirar a casmurrice dos anos e sopesar a dedicação dos desafios que se sucedem.
O bom navegador, mesmo sem saber, elimina um a um todos os percalços.
Não duvidem nunca do pisar firme deste homem e de sua visão, cujos receptores responsáveis pela percepção da cor e pela percepção da luminosidade nos ajudarão nas piores dúvidas e confissões temerárias.
Nesse ponto, depois de todas as explicações retrodescritas - lamento mas o juridiquês me persegue nos últimos dias, tsc, quase sempre... - a calmaria do dia 03.12.2010...
A brisa do vento úmido e o barco deslizando na calmaria é o sinal:
o biguá está partindo...
Me apego às palavras de Heráclito: "É na mudança que encontramos um objetivo".
Certeza não me falta da bem-aventurança do velho colega de cadeiras, trabalho e dramas referentes às mariposinhas.
Bom navegador que é, conduzirá sua honra, ética, honestidade, inteligência e todos os grandes adjetivos dos Caras da história, ao seu desafio iminente.
Vinicius, o poetinha estará lá também, como seu Mário [cacofonia sem igual, e o próprio ri disso tudo], o sr. Drummond, um tal de sr. Bandeira... todos olhando pelo teu nobre caminho, irmão de fé.
Brindo tua vitória rapah, e feliz pela tua dedicação apertarei tua mão sempre quando do regresso aportares para as Brahmas suadas e os Chops cremosos dos butecos de outrora.
Pois, que venham novas histórias!
Pois, que venham novos mares tenebrosos!
Pois, que venham espelhos de calmarias tediosos!
Pois, que venha uma senda de sucesso!
Navegue biguá e alce voo para a conquista e pratica dos teus objetivos!
O velho amigo do front torcerá pelo teu sucesso!
Forte abraço, irmão, chê loco