quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Abraço, grande amigo, irmão!
Falo, por meio desta, desde o front, na ponta da lança das coisas.
Saudade dos nossos papos, regados a cervas e chops cremosos.
Nada como um daqueles em uma noite de verão.
Mas a vida, assim como a poesia, está passando urgente sem dó.
O front, amigo, se mostra solitário neste momento.
Os tiros de canhão pararam.
As metrancas deram um tempo.
Saudade das coisas coloridas.
Meus ouvidos retumbam ao dia e ecoam a noite.
Escrevo sobre a experiência, caro biguá.
Ando mais só do que nunca, motivos aqueles que bem sabes.
O front, ao mesmo tempo que me apavora, me consola.
O mundo cinza, preto e branco da falta de liberdade.
Porém, não pense que exista algum desânimo, ou...
Estou mais forte do que nunca.
Um catalizador das coisas da vida.
O front me deu discernimento e coragem.
Estou sempre aqui amigo...
Espero falar mais vezes da minha experiência.
Logo a artilharia dará novo sinal e, eu, como um infante, o peito arfante, retorno ao campo de batalha.
Abração, querido irmão!

Um comentário:

R. disse...
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